O Preço do Amanhã (In Time) é um filme que prende sua atenção do começo ao fim e quando acaba te faz pensar por um bom tempo.
A história se baseia no fato de que num dado momento da história (que se foi mostrado, passou despercebido por mim), a ciência foi capaz de fazer as pessoas pararem de envelhecer aos 25 anos. Porém as pessoas só vivem mais um ano após isso. Todos nascem com um relógio vital no braço que começa a correr numa contagem regressiva, quando se completa esses 25 anos. Mas as pessoas não precisam necessariamente morrer após esse tempo.
Afinal, tempo é dinheiro! E após esse filme, essa frase nunca fez tanto sentido. As pessoas trabalham e recebem tempo como pagamento, as compras são pagas com tempo. Exatamente tempo utilizado como dinheiro!
Will Salas após receber 100 anos de 'presente' de um homem que se disse cansado de viver após mais de um século de idade ("chega uma hora que sua mente cansa, apesar de seu corpo não estar cansado"), vê sua mãe morrer graças a um segundo que o separou dela, não permitindo que ele transferisse algum tempo para ela.
Após isso, a história tem um lado Robin Hood, porque Will decide roubar o tempo dos grandes milionários (ou imortais) e compartilhá-lo com os moradores da periferia. Tudo se desenrola a partir daí com um pouco de romance do tipo menina-rica-se-apaixona-por-menino-pobre, assaltos, fugas e um guardião do tempo (que seria algo como um policial) que quer a qualquer custo pegá-los e impedir os roubos e distribuição de tempo.
Pode parecer um filme bobinho, mas carrega uma crítica social. Uma mensagem do filme é que ninguém deve viver para sempre, porque "para alguns serem imortais, muitos devem morrer". Pensando em nossa sociedade, muitos se sacrificam para a acumulação de capital de alguns.
E pelo lado do tempo, no filme as pessoas da periferia por viverem com poucas horas, sem terem a certeza que o dia de amanhã chegaria, aproveitavam cada segundo como se fosse o último, já os milionários viviam 'aprisionados', cercados de seguranças, quase que não vivendo, precisando acumular cada vez mais tempo, mas deixando de passar tempo com quem realmente importava (ao menos para mim, entre os 'pobres' se via muito mais amor e compaixão do que entre os 'ricos' onde tudo parecia frio).
Pode parecer clichê, mas aproveite o dia como se fosse o último e passe mais tempo fazendo o que gosta e com quem você gosta. VIVA!
"Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido." - Dalai Lama
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